5 de jul. de 2007

O BURACO É MAIS EMBAIXO

Vinha eu linda e loira no meu possante celta preto às 7 horas da manhã pela Avenida Antônio Carlos Magalhães. Seguia em direção ao trabalho. Para combater o mau humor matinal, de sempre, ouvia Osho, o Cd de meditação. Relaxei tanto que nem percebi, aliás, só escutei o baque: “bummmmmm”. Parecia uma bomba estourando. Continuei no volante até sentir uma puxada para esquerda, a direção dura e a indagação. Vixe! O pneu furou. Sob total auto-controle - adquirido graças à concentração na música - parei num posto e o frentista, salvo homem, prestou-me socorro. Fui embora com desafios novos. Ampliar a visão de campo e desviar constantemente dos milhões de buracos espalhados ou concentrados em várias pistas da cidade do Salvador.
Vejo então, nos noticiários o nosso digníssimo prefeito João Henrique solicitar empréstimo de R$50 milhões para um novo banho de asfalto na cidade. E por acaso teve algum banho antes? Não, teve apenas papo furado de político com cara de bonzinho, sujeito manso. Joãozinho engabelou ou não o povo?
O dito foi que a prefeitura teria firmando acordo com a Petrobras no ano passado. A estatal doaria R$ 15 milhões em insumos em troca de sete terrenos do município. Quatro deles estão localizados na Boca do Rio, dois em Stela Maris e um na Avenida Presidente Costa e Silva. De acordo com o projeto, 41 vias públicas seriam beneficiadas no prazo de seis meses. Mas não foi o que aconteceu. Dez meses depois, apenas duas ruas ficaram prontas. A Rua do Pero Vaz e a Rua Rubens Berta, na Pituba.
Enquanto isso, cá estou com o prejuízo do tamanho das crateras de Joãozinho. Sem socorro no carro, com jante amassada e sem grana para consertar. Tudo bem. A intenção é boa. O garoto quer mostrar serviço para tal escolheu a famosa operação emergencial, mas que ninguém se esforça para ser urgente. É só nome mesmo. A prefeitura já gastou R$3 milhões para renovação do asfalto, alguém viu para onde foi o dinheiro? Agora mais uma conversa sobre pavimentação, mais milhões em jogo mais desconfiança. Afinal, R$50 milhões é dinheiro. Quem vai querer?

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