3 de jan. de 2012

O que fazer depois de uma noite bacana?

Nada. Não faça absolutamente nada. Ou, faça tudo. Com a gente ficou no meio termo. Não rolou sexo. Nem mão boba. Apenas carinhos, carícias e uma troca de sinergia especial. Sabe quando o beijo combina, quando a conversa rende horas a fio e você acaba esquecendo a dor no pé daquele salto alto insuportável? Pois é, foi assim. Na verdade, nem sei como aconteceu o primeiro beijo, nem  o último. Mas eu estava ali, embevecida pelo seu cheiro indecifrável.  Eu estava ali, aberta para qualquer sentimento fútil que pudesse surgir. E apareceu. Uma espécie de romance “nove semanas e meia de amor”, onde tudo é rápido e efêmero como num piscar de olhos.  Em apenas nove horas vivemos uma vida inteira: olhamos-nos,  fui apresentada, trocamos telefone, namoramos, me dei super bem com os amigos dele, fiquei de conhecer a irmã, mas daí, ele preferiu me prevenir de que adora vídeo-game e eu, dos meus livros. Escolhemos os padrinhos de casamento, dançamos, bebemos,  subimos ao altar, engravidei, tive um menino, não aceitei ele ter escolhido o amigo mala para ser padrinho, tivemos a primeira DR, nos separamos só para ir ao banheiro fazer xixi, voltamos com muitas juras de amor e, até, com direito a elogios aos meus pés que lá pelas tantas da madrugada estavam descalços. Cansei. Aí então sentei no colo, conversamos, rimos de tantas bobagens até não agüentarmos mais, fiz cafuné, ele pegou água e fomos expulsos. Acabou.  

A noite haveria de ter acabado. Até a surpresa final: fui embora do salão carregada, no colo pronta para as bodas de prata. Dei carona, ele ficou em casa e quando cheguei na minha liguei para me certificar de que não tinha sido um sonho. E realmente não era. Do outro lado da linha ele atende e diz:

- Chegou bem?

Acordei desacreditada e, novamente, quis uma confirmação. Mandei mensagem para o celular  e, opa! Ele respondeu. Ufa! Nada de imaginação, isso, eu tinha plena convicção, só não tinha certeza de como seria daqui por diante. Depois de uma noite inesquecível onde parece que nos conhecemos há anos, o que fazer? A primeira pergunta que vem a mente é: será que ele sentiu o mesmo? 

A sensação é de estar numa via de mão única. Tudo bem, os especialistas em relacionamentos dirão que a pressa é inimiga da perfeição ou que o tempo se encarrega de resolver. Não. Não acho que devemos deixar as coisas acontecerem por acaso. Podemos ao menos se esforçar para tentar algo. Só que,  o mais bacana dessas nove horas de amor, é, saber da possibilidade de sentir friozinho na barriga e uma felicidade imensa ao lado daquela pessoa, por  algumas horinhas, pessoa especial. O que fazer depois? Arrisque.Só saberá se vale apena, assim. Tentando. 



2 comentários:

  1. MARAVILHOSO, EXCELENTE, AMEIIIIIIIII!
    VC ME FEZ LEMBRAR A MINHA NOVELA VIVENCIADA HÁ 4 MESES.
    QUE NEM A CANÇÃO CHEIRO DE AMOR INTERPRETADA POR MARIA BETHÂNI - ...FOI TUDO TÃO DE REPENTE...
    É SEMPRE BOM ESSAS RELAÇÕES SÚBITAS.
    OBRIGADA POR ME FAZER LEMBRAR E REFLETIR O QUANTO FOI MARAVILHOSO E NÃO ARREPENDE-SE DE ABSOLUTAMENTE NADA =D

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  2. Aline...Subitamente passou um filme na minha cabeça, mas n de algo do passado... Pq se fosse do passado, faria parte do meu presente tb, pois sou o tipo de pessoa q luta pelo amor qdo o coração diz q vale a pena...
    Mas sabe, aquela música de Lenine que diz assim: "Eu fiquei sentindo saudades do que não foi,
    Lembrando até do que eu não vivi,pensando nós dois..."
    Pois é, é tipo assim, saudades do q ainda não vivi...
    Mais se eu viver um amor desses um dia... Vou aproveitar cada segundo!!!

    @Jamile_britto

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