Nada. Não faça absolutamente
nada. Ou, faça tudo. Com a gente ficou no meio termo. Não rolou sexo. Nem mão
boba. Apenas carinhos, carícias e uma troca de sinergia especial. Sabe quando o
beijo combina, quando a conversa rende horas a fio e você acaba esquecendo a
dor no pé daquele salto alto insuportável? Pois é, foi assim. Na verdade, nem
sei como aconteceu o primeiro beijo, nem o último. Mas eu estava ali, embevecida pelo
seu cheiro indecifrável. Eu estava ali, aberta
para qualquer sentimento fútil que pudesse surgir. E apareceu. Uma espécie de
romance “nove semanas e meia de amor”, onde tudo é rápido e efêmero como num
piscar de olhos. Em apenas
nove horas vivemos uma vida inteira: olhamos-nos, fui apresentada, trocamos telefone, namoramos,
me dei super bem com os amigos dele, fiquei de conhecer a irmã, mas daí, ele
preferiu me prevenir de que adora vídeo-game e eu, dos meus livros. Escolhemos
os padrinhos de casamento, dançamos, bebemos, subimos ao altar, engravidei, tive um menino,
não aceitei ele ter escolhido o amigo mala para ser padrinho, tivemos a
primeira DR, nos separamos só para ir ao banheiro fazer xixi, voltamos com
muitas juras de amor e, até, com direito a elogios aos meus pés que lá pelas
tantas da madrugada estavam descalços. Cansei. Aí então sentei no colo, conversamos,
rimos de tantas bobagens até não agüentarmos mais, fiz cafuné, ele pegou água e
fomos expulsos. Acabou.
A noite haveria
de ter acabado. Até a surpresa final: fui embora do salão carregada, no colo
pronta para as bodas de prata. Dei carona, ele ficou em casa e quando cheguei na
minha liguei para me certificar de que não tinha sido um sonho. E realmente não
era. Do outro lado da linha ele atende e diz:
- Chegou bem?
Acordei desacreditada e, novamente,
quis uma confirmação. Mandei mensagem para o celular e, opa! Ele respondeu. Ufa! Nada de imaginação,
isso, eu tinha plena convicção, só não tinha certeza de como seria daqui por
diante. Depois de uma noite inesquecível onde parece que nos conhecemos há anos,
o que fazer? A primeira pergunta que vem a mente é: será que ele sentiu o
mesmo?
A sensação é de estar numa
via de mão única. Tudo bem, os especialistas em relacionamentos dirão que a
pressa é inimiga da perfeição ou que o tempo se encarrega de resolver. Não. Não
acho que devemos deixar as coisas acontecerem por acaso. Podemos ao menos se
esforçar para tentar algo. Só que, o
mais bacana dessas nove horas de amor, é, saber da possibilidade de sentir
friozinho na barriga e uma felicidade imensa ao lado daquela pessoa, por algumas horinhas, pessoa especial. O que fazer depois? Arrisque.Só saberá se vale apena, assim. Tentando.
MARAVILHOSO, EXCELENTE, AMEIIIIIIIII!
ResponderExcluirVC ME FEZ LEMBRAR A MINHA NOVELA VIVENCIADA HÁ 4 MESES.
QUE NEM A CANÇÃO CHEIRO DE AMOR INTERPRETADA POR MARIA BETHÂNI - ...FOI TUDO TÃO DE REPENTE...
É SEMPRE BOM ESSAS RELAÇÕES SÚBITAS.
OBRIGADA POR ME FAZER LEMBRAR E REFLETIR O QUANTO FOI MARAVILHOSO E NÃO ARREPENDE-SE DE ABSOLUTAMENTE NADA =D
Aline...Subitamente passou um filme na minha cabeça, mas n de algo do passado... Pq se fosse do passado, faria parte do meu presente tb, pois sou o tipo de pessoa q luta pelo amor qdo o coração diz q vale a pena...
ResponderExcluirMas sabe, aquela música de Lenine que diz assim: "Eu fiquei sentindo saudades do que não foi,
Lembrando até do que eu não vivi,pensando nós dois..."
Pois é, é tipo assim, saudades do q ainda não vivi...
Mais se eu viver um amor desses um dia... Vou aproveitar cada segundo!!!
@Jamile_britto